Entrevista a Ester Alves, Trail Runner

Nome: Ester Alves

Clube: Desnível Positivo

Ester, para podermos “localizar” todos aqueles que lêem as entrevistas, gostaria que nos começasses por dizer de onde és e o que fazes para além de seres atleta.

Sou natural do Porto e sempre vivi em Vila do Conde. Sou Doutoranda na Faculdade de Medicina no Porto. Estou no terceiro ano de doutoramento.

Antes do Trail que desportos praticaste? Fala-nos um pouco disso.

Pratiquei remo e ciclismo. Quando fui admitida a doutoramento tive de abdicar dos compromissos que tinha com a equipa de ciclismo do País Basco e voltei a pedalar em Portugal por uma equipa da Póvoa de Varzim. Entretanto descobri o Trail e apaixonei-me.

Como é que o Trail Running surgiu na tua vida?

Surgiu através do desafio de um grande amigo (Pedro Amorim) para fazer o Trail de Barcelos dos Amigos da Montanha.

Consideras que a prática deste desporto alterou de alguma forma a tua vida?

Sem dúvida. Adoro ciclismo e todos os anos gosto de participar no Campeonato Nacional de Ciclismo mas agora vejo o ciclismo como forma de complementar o Trail.  O desafio da Montanha é muito maior e não estamos dependentes de uma equipa para ter resultados como acontece no ciclismo.

Consegues ainda conciliar outros desportos com a prática do Trail?

Sim. Tenho o meu plano de treino e uso outros desportos para complementar o meu treino específico de trail. Mas em respeito à competição, penso que só se deve competir numa área específica… ter várias modalidades de competição acaba por prejudicar o rendimento.

Como é ser mulher no Trail, um “mundo” mais dominado por homens?

É desafiante e fabuloso. Todos os dias temos metas difíceis para derrubar.

Se te pedisse para definires o Trail em cinco palavras, quais as que escolherias? Porquê?

Desafio: Porque existem muitas variáveis que influenciam o rendimento;

Paixão: Porque ninguém corre 100kms por correr ou competir…é preciso paixão;

Superação: Porque cada dia temos de superar as dores, o cansaço, a chuva, o frio…;

Crescimento: Porque aprendemos imenso sobre nós mesmos nas corridas, na superação diária e no treino;

Amizade: Porque quem cá está não é pelos prémios nem por prestígio. Estamos também pelo convívio e pela partilha dos trilhos e das paisagens.

Ester Alves

Obrigada!